quarta-feira, 10 de junho de 2015

Águia de Sangue - Resenha

Águia de Sangue

Sinopse: «Duas mulheres são assassinadas da mesma maneira ritualista e brutal. O assassino provoca a Polícia com e-mails. Parece evidente estarmos perante um assassino em série, que escolhe vítimas ao acaso e põe em prática uma qualquer fantasia perversa. Mas quando Jan Fabel e a sua equipa começam a investigar, descobrem que nada é o que parece. São arrastados para um mundo sombrio de mitologia e lendas, de obscuros cultos religiosos, intriga política e um violento esforço para controlar a cidade. Enquanto Fabel tenta apanhar o assassino antes que haja mais mortes, ele e a sua equipa são obrigados a enfrentar uma ameaça fria e brutal que nunca poderiam ter previsto.»

Nome do livro: Águia de Sangue
Nome da Autora: Craig Rusell
Editora: Alfarrabista
Número de páginas: 398 páginas
Resenha: Devo começar desde já por dizer que este foi dos piores e dos mais chatos livros que eu li este ano. Desde logo que eu não consegui unir-me a nenhuma personagem, para mim elas não passavam de estranhos. Além disso, a história estava cheia de estrangeirismos (pelo menos nesta edição), o que tornava chato e difícil acompanhar. No início tinha uma espécie de legenda para o nome dado na obra ao comissário da polícia e ao inspector e a isso tudo, mas primeiro, eram tantos nomes e tão parecidos que era impossível decorar todos, segundo, podiam simplesmente ter traduzido na obra e escrever "inspetor" ou "comissário" ou "diretor", ou fosse o que fosse, e não manter na língua original, porque isso dificultou-me (e muito) conseguir entrar na história.
Além disto, não é um livro que me ficasse na memória. Por exemplo, vai fazer agora um ano que li o livro "Confissões de uma Suspeita de Assassínio" do James Patterson e, embora não seja o meu preferido dele, ainda me lembro perfeitamente da história, ficou na memória, este não, eu já mal me lembro da história, só me lembro da forma como as vítimas morriam, porque isso sim, era original e novo.
Pelo lado positivo, este livro tinha algumas frases que eu realmente gostei, mas mesmo assim não acho que sejam boas o suficiente para me fazer ignorar o facto de ser um livro chato, e que eu (admito) arrastei a leitura por meses.
Houve apenas uma coisa que eu realmente gostei no livro, o fim. Eu adorei o fim, sabem, não é aquele fim cliché, é um fim inesperado. Eu li qualquer coisa que dizia que havia uma continuação do livro, mas, honestamente, eu vou ignorar esse facto (caso seja verdade) porque se não é provável que o autor vá arruinar a única coisa que realmente gostei, o fim, pois vai acabar por dar outro fim a toda esta história.
Não é um livro que eu recomendaria a alguém de ler, mas como eu tenho de lembrar sempre, esta é a minha opinião, não quer disser que a vossa vá ser igual. Boas leituras. 

Quotes/Melhores Momentos:
  • «Nesse dia, enquanto observava a paisagem, estava consciente da fusão entre a cidade que amava e a cidade que policiava. Lá fora, algures, encontrava-se algo de monstruoso. Algo de pérfido. Algo de tão violento e maléfico que era difícil imaginá-lo como humano.» - Página 82
  • «A sensação esmagadora que sentia era de surpresa. Não conseguia compreender porque é que, sabendo que ia morrer, se sentia totalmente livre de medo.» - Página 98
  • «É bem verdade. O conceito de identidade alemã é um mito. Um mito que o nosso pequeno austríaco, pintos de casas, amplificou numa falsa história até que a Alemanha acreditou nele. Uma das lições mais importantes que aprendi como historiados é que apenas existe o presente. Apenas o presente tem uma forma imutável, descomprometida. O passado é aquilo que escolhemos fazer dele. A História é formada pelo nosso presente, não o contrário. Passámos os últimos dois séculos a reinventar o nosso passado, a remodelar a nossa identidade quando durante todo esse tempo não tivemos uma. O facto é que não existe uma raça alemã. Somos uma mistura de escandinavos e eslavos, celtas, italianos e alpinos... uma amálgama unida por uma língua e uma cultura, não por uma etnia.» - Página 117
  • «Não é fácil ser-se alemão. Transporta-se um peso excessivo de História recente enquanto outros europeus viajam comparativamente sem fardos. Dez séculos de cultura e conquistas tinham sido eclipsados durante um período de doze anos a meio do século XX, doze anos em que o mal mais extraordinário se tornara num lugar comum. Esses doze anos tinham definido ao mundo o que significava ser-se alemão; tinham definido a muitos alemães o que era ser-se alemão. Agora, não confiavam neles. E eles nunca mais poderiam confiar em si próprios.» - Página 187 

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